Revisão Dialogal vs. Revisão Comum de Livros: Saiba a Diferença
- Adorama

- 2 de set.
- 4 min de leitura
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No universo da publicação de livros, a revisão textual é uma etapa indispensável. No entanto, abordagens distintas podem ser empregadas para aprimorar um manuscrito. Duas delas, a revisão comum e a dialogal, empregam métodos distintos para alcançar a excelência textual. Enquanto A primeira é um serviço de aprimoramento técnico; a segunda, uma parceria na construção de significado entre revisor e autor, tratando o texto como uma entidade viva e comunicativa.
A Revisão Comum: O Foco na Norma e na Clareza
A revisão comum, ou tradicional, de livros abrange um conjunto de serviços essenciais para garantir que a obra esteja em conformidade com as normas da língua e seja apresentada de forma gramaticalmente correta ao leitor. Geralmente, este processo inclui:
Revisão Ortográfica e Gramatical: A correção de erros de digitação, acentuação, pontuação, concordância verbal e nominal, regência e outras regras gramaticais.
Padronização e Formatação: A adequação do texto a um manual de estilo específico, garantindo consistência no uso de maiúsculas, itálicos, abreviações e na formatação de elementos como citações e referências.
Análise de Coesão e Coerência: A verificação da fluidez do texto, da clareza das ideias e da ligação lógica entre frases e parágrafos. O objetivo é eliminar ambiguidades e garantir uma leitura agradável.
Leitura de Prova: Uma última verificação minuciosa do texto já diagramado, buscando quaisquer erros que possam ter passado nas etapas anteriores.
Nesta abordagem, o texto é frequentemente tratado como um objeto a ser aprimorado, com o revisor atuando como um especialista que aplica seu conhecimento técnico para corrigi-lo, com uma interação limitada com o autor.
A Revisão Dialogal: Uma Parceria na Construção do Sentido

A revisão dialogal, por sua vez, transcende a simples correção. Baseada em conceitos filosóficos e pedagógicos, em especial do pensador russo Mikhail Bakhtin, essa abordagem enxerga o texto como um ato de comunicação em potencial, um diálogo entre o autor, a obra e o leitor. O revisor, nesse contexto, transcende a função de especialista para se tornar o primeiro leitor crítico da obra
As principais características da revisão dialogal são:
Colaboração Intensa: A revisão se desenvolve por meio de um diálogo constante entre o revisor e o autor. O revisor não apenas aponta erros, mas questiona, sugere e busca compreender a fundo a intenção do escritor.
Foco na Voz do Autor: O objetivo central não é impor uma norma externa de maneira rígida, mas sim ajudar o autor a encontrar e a potencializar sua própria voz, garantindo que sua mensagem seja transmitida da forma mais autêntica e eficaz possível.
O Texto como Entidade Viva: O manuscrito é visto como uma obra em processo, cheia de potencialidades. A revisão busca explorar essas possibilidades, fortalecendo o diálogo que o texto já está tentando estabelecer.
Mediação com o Leitor: O revisor atua como um "leitor modelo", antecipando possíveis dúvidas e reações do público e trabalhando com o autor para refinar a obra, tornando-a mais acessível e impactante.
Revisão Ortográfica e Gramatical: A correção de erros de digitação, acentuação, pontuação, concordância verbal e nominal, regência e outras regras gramaticais.
Padronização e Formatação: A adequação do texto a um manual de estilo específico, garantindo consistência no uso de maiúsculas, itálicos, abreviações e na formatação de elementos como citações e referências.
Análise de Coesão e Coerência: A verificação da fluidez do texto, da clareza das ideias e da ligação lógica entre frases e parágrafos. O objetivo é eliminar ambiguidades e garantir uma leitura agradável.
Leitura de Prova: Uma última verificação minuciosa do texto, buscando por quaisquer erros que possam ter passado nas etapas anteriores quer sejam eles gramaticais, quer sejam de diagramação.
Em suma, enquanto a revisão comum busca o texto correto, a dialogal persegue o texto exato — aquele que vive, ressoa e é fiel à essência de quem o escreveu. A primeira é um serviço de aprimoramento técnico; a segunda, uma parceria na construção de significado, além do simples aprimoramento técnico.
☕Um café e uma primeira conversa
Se o que você leu aqui ressoou em seu coração de escritor, se você sente que seu manuscrito não é apenas um conjunto de palavras, mas uma voz que precisa ser ouvida com clareza e potência, talvez seja a hora de conversarmos.
A revisão não precisa ser só um processo frio e impessoal de caça aos erros. Ela pode ser o primeiro e mais profundo diálogo que sua obra estabelecerá. Um diálogo de parceria, de respeito pela sua jornada e de um compromisso compartilhado com a excelência do seu texto.
Convido você a me enviar um trecho do seu trabalho. Vamos tomar um café, ainda que virtual, e ter essa primeira conversa. Será um prazer ser o primeira leitora atenta que sua história merece, e juntos, podemos descobrir o caminho para que ela se comunique com o mundo em sua plenitude.
Adorama
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